RESENHA: O Mago de Camelot - Marcelo Hipólito

Título: O Mago de Camelot                                          
Autor(a): Marcelo Hipólito
Páginas: 153
Editora: Novos Talentos
Avaliação: 3,5 / 5

Sinopse

   De uma infância pobre e sofrida à irresistível ascensão aos salões dos grandes reis; de um começo sem esperanças ao despertar de um poder inigualável, invejado e temido, Merlin,  é levado a se tornar o homem mais influente da Idade das Trevas. Confidente supremo do rei Artur e maior conselheiro da corte de Camelot.  Misterioso e enigmático. Amado e odiado. Druida, monge e mago.

    Na Britânia do Século V da Era Cristã – abandonada pela queda do Império Romano à barbárie dos invasores saxões –, Merlin surge para impor um novo tipo de rei a um povo abatido e desesperado, alterando, para sempre, não apenas o destino dos britânicos, mas de toda a humanidade.

    A saga de um homem determinado a erigir uma civilização de paz e justiça numa terra devastada pelo caos e a guerra em uma aventura épica e brutal que equilibra realismo duro com doses amargas de magia.

Comentário

Quem nunca ouviu falar sobre a fabulosa história do rei Artur Pendragon? Se você não conhece, recomendo a leitura desse livro, pois ele nos mostra de forma clara toda a trama que envolveu a vida desse famoso rei. Digo por experiência, já que O mago de Camelot é o primeiro livro que leio e que conta de forma diferente a história de Artur. 

   

Com a leitura desse livro, fui levado a uma época onde os reis governavam. Onde as guerras eram frequentes e as leis não existiam. Onde a natureza era divinal e a magia era herança de muito conhecimento. A obra me fez sentir realmente como é viver naquela época. A cada capítulo a história ficava mais intensa e atraente, o que me fez ter uma "boa" ressaca literária ao término do livro. A leitura flui tanto que ele pode ser lido em um dia. 

O livro nos conta a sofrida historia de Merlin quando adolescente até virar aluno de Blaise e se tornar druida. Pra quem não sabe, Merlim foi o mestre e professor de Artur com o propósito de torná-lo o grande rei da Britânia. Inclusive o dragão do título refere-se ao próprio Artur. Se não fosse por Merlin, ele seria um rei tirano e injusto.

"- Lembre-se do que lhe ensinei: nossos atos trazer dentro de si mesmos as sementes de nossa própria ruína."

Qual parte mais me chamou atenção? Todas. Não tem uma parte que eu não tenha gostado. O final é empolgante. No livro há bastante personagens e o autor assassinou muitos deles, isso deixou o enredo mais interessante. Lembra um pouco a série as Crônicas de Gelo e Fogo. Quem já leu, sabe do que estou falando.

O Mago de Camelot é um livro simples de leitura leve e rápida. É dividido em duas partes: Trevas e Luz. Após a leitura, fiquei ainda mais interessado pela história de Artur. Pretendo ler outros livros que falam a respeito.

RESENHA: O Oceano No Fim do Caminho - Neil Gaiman

Título: O Oceano No Fim do Caminho
Autor: Neil Gaiman
Ano: 2013
Páginas: 180
Editora: Intrínseca
Avaliação: 5 / 5

Sinopse

Foi há quarenta anos, agora ele lembra muito bem. Quando os tempos ficaram difíceis e os pais decidiram que o quarto do alto da escada, que antes era dele, passaria a receber hóspedes. Ele só tinha sete anos. Um dos inquilinos foi o minerador de opala. O homem que certa noite roubou o carro da família e, ali dentro, parado num caminho deserto, cometeu suicídio. O homem cujo ato desesperado despertou forças que jamais deveriam ter sido perturbadas. Forças que não são deste mundo. Um horror primordial, sem controle, que foi libertado e passou a tomar os sonhos e a realidade das pessoas, inclusive os do menino.

Ele sabia que os adultos não conseguiriam — e não deveriam — compreender os eventos que se desdobravam tão perto de casa. Sua família, ingenuamente envolvida e usada na batalha, estava em perigo, e somente o menino era capaz de perceber isso. A responsabilidade inescapável de defender seus entes queridos fez com que ele recorresse à única salvação possível: as três mulheres que moravam no fim do caminho. O lugar onde ele viu seu primeiro oceano.

Comentário

   Esse livro é tão complicado de resenhar que não sei bem por onde começar. É difícil descrever algo deslumbrante e espirituoso. É assim que eu defino este livro. Principalmente espirituoso.
   Quem conhece o estilo de Neil Gaiman sabe que ele entrega a mente e a alma para escrever suas obras. E um dos resultados disso é O Oceano No Fim do Caminho, uma história linda, poética e inspiradora. Se você é como eu, aposto que vai adorar embarcar nas lembranças de homem de meia idade de quando tinha apenas sete anos.
   No romance, o narrador sem nome , se deixa ser assaltado por uma parte estranha da sua infância. Sentado à beira do lago na fazenda Hempstock, se lembra de coisas que mudaram sua vida.
   É um livro muito bem escrito e me fez lembrar bastante Coraline, também escrito por Gaiman. Ambos provocam medo e empolgação, mas O Oceano No Fim do Caminho é mais intenso e é puro sentimento.
   Fiquei chocado com a quantidade de quotes que esse livro tem. Se alguém for juntar todos eles, talvez daria um pequeno livro de cinco páginas. São todos muito profundos e perfeitos. Eis alguns deles:

“Esse é o problema com as coisas vivas. Não duram muito. Gatinhos num dia, gatos velhos no outro. E depois ficam só as lembranças. E as lembranças desvanecem e se confundem, viram borrões...”

"- Aposto que essa não é sua aparência de verdade - falei. (...)

- Ninguém realmente se parece por fora com o que é de fato por dentro. Nem você. Nem eu. As pessoas são muito mais complicadas que isso. É assim com todo mundo."

“E não era mar. Era Oceano.
O Oceano de Lettie Hempstock.Lembrei-me disso, e, ao lembrar, lembrei-me de tudo."

   Recomendável aos fãs de realismo mágico. É capaz de encantar qualquer leitor, independente da idade. Também recomendo o livro aos amantes de leitura com chá.

                    

RESENHA: Máscara - Luiz Henrique Mazzaron

Título: Máscara
Autor: Luiz Henrique Mazzaron
Páginas: 366
Editora: Novo Século ( Novos Talentos)
Avaliação: 5 / 5

Sinopse

No mundo de Domus, a morte é a moeda que alimenta o jogo. E a verdade pode custar a vida. Liam é um garoto que viveu por muito tempo isolado devido aos constantes castigos do sádico tio, um carrasco ex-militar. Porém, inesperadamente, surge uma entidade maléfica, uma figura das trevas trajando uma máscara, e passa a o perseguir, levando-o a participar de um jogo num mundo surreal, chamado Domus. Junto a um grupo, Liam parte para uma experiência alucinante, em que os pecados da humanidade serão colocados em xeque, como numa espécie de julgamento. Um combate onde o principal objetivo do adversário é mostrar o quão odiosa é a raça humana… Mas ainda há muitos mistérios que rodeiam este intrincado jogo. Por qual motivo a criatura possui tamanha obsessão por ele? E vale a pena prosseguir, já que a morte é a única certeza?

RESENHA: Sohuem - L.E.Haubert

Título: Sohuem - Trilogia da Meia Noite II

Autora: L.E. Haubert

Páginas: 248

Ano: 2012

Editora: Novo Século (Novos talentos da Literatura brasileira)

Sinopse

Desta vez os heróis não estão sozinhos. Os deuses despertaram ávidos para intervir na rebelião de seu mundo. Os cristais, frágeis, e a loucura começam a bailar pelo ar, os embates se elevam. Volker está fortalecido. Um inimigo, mais antigo que os carvalhos de Fairland, acorda pronto para desintegrar a ordem. Perseverar é essencial, porém, respirar dói, e eles sabem disso. São testados, torturados e enfeitiçados o tempo todo. Como lutar contra o que não se consegue ver? Com os nervos à flor da pele, o intimo transparecerá, novas companhias surgirão ao passo que outras padecerão. Venha desvendar os lugares por onde Kalí, Draco e Lucas andam. Conheça os novos portadores e descubra as chaves para a redenção. Cuidado, nada é o que parece ser, principalmente nos tempos soturnos de Arrarock.

Comentário

    Sohuem é o segundo livro da Trilogia da Meia Noite, e sucede Calisto. O primeiro ponto que chamou minha atenção nesse livro é a capacidade que a autora tem em escrevê-lo. Mesmo sendo jovem, ela cosegue ter uma escrita muito avançada e rica em palavras desconhecidas. E eu acabei conhecendo e aprendendo muitas delas. Além disso, cada capítulo contém trechos poéticos e filosóficos bem construídos. 

"Lutas. Sangue. Dor. Traição. Segredos. Pesadelos. Desafios. Almas. Insígnia. Cristal. Insígnia. Conversas. O que sucedera?"  pág. 150

    Em Sohuem, são apresentados mais personagens, além de deuses. Os personagens são muito bem delineados. Outro fator é o ambiente de Arrarock onde eles passam ao decorrer da trama. A autora explora diversos lugares. Desde vilas até o "fim do mundo".
    Alguns capítulos do livro requer pouco mais de atenção, por conter palavras diferentes e escrita densa. A quantidade de erros já é menor em relação ao primeiro livro. Quanto à trama, o primeiro livro me agradou mais, talvez por ter gostado da aventura dos heróis nesse livro. Os capítulos continuam curtos, o que proporciona uma leitura mias rápida.
    Enfim, o livro é bem escrito e tem uma leitura leve. Luta, amor, ódio e traição são alguns fatores marcantes na obra. 
    
Leia o 1° capítulo

Resenha de Calisto - Trilogia da Meia Noite I

RESENHA: Calisto - Trilogia da Meia Noite - L.E Haubert

Título: Calisto - Trilogia da Meia Noite I
Autora: L.E Haubert
Ano: 2012
Páginas: 205
Editora: Novo Século

Sinopse

Quando a noite cair, as brumas elevarem-se, a lua estiver banhada em sangue e as insígnias despertarem não restará opção se não lutar. Você não pode fugir de quem é do seu destino ou os demônios encontrados, e não poderá desistir porque terá sempre alguém a espreita. As cinco insígnias juntas são invencíveis, separadas devastadoras. Resista, combata, enfrente, acima de tudo conheça a si mesmo para descobrir se você está pronto para desvendar os mistérios. Draco, Lucas e Kalí possuem cristais, possuem força e não desistirão até Arrarock  salva novamente. O preço mais caro sempre é pago                                                pelos heróis. 


"A morte do caçador é a chave da sobrevivência para a caça."

     A história se passa em Arrarock, uma terra fantástica, terra de diferentes seres (dragões, elfos, magos,...) mas também humanos. A autora nos apresenta Draco, um jovem, filho de uma camponesa simples e muito amorosa. Andando pela floresta, acaba encontrando a insígnia da terra. Também nos é apresentado Lucas, um jovem que ao encontrar um dragão fêmea, Niége, acaba se tornando um Cavaleiro, ele e o dragão vão aos poucos se conectando. Lucas encontra a insígnia do ar. A partir disso, os dois, separadamente, vivem aventuras fantásticas, descobertas, além disso, ganham a responsabilidade de proteger as insígnias. Também há uma terceira personagem heroína, a elfa Kalí, mas ela só aparece no final. 

Comentário

    Essa é a primeira vez que eu leio um livro de uma autora tão jovem e isso me impressiona. Não pude deixar de ler esse livro. Confesso que demorei um pouco pra acompanhar o ritmo da história, mas a autora sempre encontra um jeito de nos prender. 

    Os capítulos do livros são bem curtos, o que deixa a leitura mais agradável e fluente. O livro é bem fino, pra quem gosta de leituras rápidas. Quando terminei de ler, nem acreditei que tinha acabado. O final do livro realmente deixa a impressão de uma continuação (Sohuem), dá aquela sensação de "continua...", o que me deixou bastante curioso pra ler o segundo. Pelo visto, o segundo é bem melhor.

    O que me incomodou um pouco no livro são os errinhos de revisão, típico de muitas editoras, mas isso não fez com que eu me desinteressasse com o conteúdo. Acho que ficaria melhor se houvesse um pouco mais de detalhes.

     Enfim, o livro tem uma leitura leve e gostosa, com muitas batalhas. Se você gosta do gênero fantasia, vai gostar do livro. Vale a pena ler.

Você pode adquirir o livro no site da Novo Século e na Saraiva.

Já leu? Vai ler? Comentem!

Abraço Galera!