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Autora: Michelle Hodkin
Páginas: 375
Editora: Galera Record
Avaliação: 3 / 5
Sinopse
Comentário
A Desconstrução de Mara Dyer é o primeiro de uma trilogia. Possui leitura fácil e que prende a atenção por se tratar de temas como o sobrenatural, suspense e mistério, mas alguns pontos incomodaram bastante. Citarei cada um.
Pra começar, posso dizer que os temas chamam bastante atenção do público juvenil e jovens (Y.A.) e realmente foi escrito para os mesmos, mas acredito que a autora exagerou no quesito "fazer história para jovens e adolescentes", pois muitas vezes, soa infantil. Eu esperava algo mais adulto, já que a capa e a sinopse passam essa impressão.
Confesso que muitas vezes quis abandonar o livro pois ele não foi exatamente o que eu esperava e a história não supera a sinopse que é muito convidativa e sombria. A ideia principal da obra soa extremamente interessante e já faz com que o leitor forme um contexto digno de filme de terror na mente. Não é exatamente o que acontece durante a leitura, mas um possível final avassalador me fez querer continuar.
A personagem principal é Mara e o livro é inteiramente narrado na visão dela/por ela. Confesso que não gostei muito da mesma, pois ela é muito chata e de difícil convivência com todos ao seu redor. Faz o tipo adolescente problemática, egoísta e intocável e muitas vezes soa infantil. Se pessoas gostam de ser agradadas e cativadas, Mara não.
Outro personagem que não me agradou é o Noah, pois ele é construído pela autora de um modo clichê e perfeitinho, que ri a todo momento e nunca se irrita com nada, principalmente como Mara. Como é possível?
Quando se inicia a leitura do livro, há muitas teorias em mente do que poderá acontecer com a protagonista, mas a cada capítulo há muita confusão na mente de quem lê, pois a autora exagera no mistério por trás da trama e deixa o leitor sem ter a mínima noção do que é verdade e o que é alucinação na cabeça da Mara. Dessa forma, fica algumas questões soltas no ar. É certo que a autora quis causar mistério, mas acredito que o exagero afetou um pouco a trama.
Outro ponto é que a história do livro acontece de uma forma um pouco impossível, visto que há muitas injustiças e coisas que fogem da lógica. A impressão que tive é de que a sociedade do livro não é a mesma da realidade, pois os personagens possuem temperamento calmo e frio a quase todo momento e ninguém parece se importar muito com as mortes que acontecem.
Há romance no livro, entre a Mara e o Noah que não me agradou muito, pois o que é naturalmente considerado conturbado e complicado, para os personagens é super normal e até prazeroso! Não há clima, não há afeto. Há apenas a busca desesperada e desenfreada do Noah de conquistar a Mara que não está nem aí pra ele e mesmo assim ele fica cada vez mais atraído por esse comportamento dela. Esse romance "chatinho" atrapalhou bastante o desenrolar da história, pois, pra ser sincero, eu estava louco pra saber o que estava acontecendo e nos melhores momentos... PÁ! Aparecia mais cenas insuportáveis de romantismo enrolado, fazendo com que o clímax fosse cortado.
O final da trama deixa claro que haverá continuação. Além disso há uma reviravolta assustadora e conflituosa. Apesar disso, não gostei de como encerrou, pois muitas questões ficaram sem sem respondidas e o leitor fica sem entender o que exatamente acontece com Mara e Noah. No todo, esperava mais.
Esse é um dos livros que comprei pela capa. E que capa! Há uma mistura de leveza e pesar, de profundidade e um ar de drama psicodélico que junto com o título, desperta no leitor, uma certa curiosidade: "Quem é Mara Dyer? Dessa forma é difícil não se interessar pelo livro.
Se indico? Posso dizer que sim, mas o que vem depois é uma questão de amar ou largar. A escolha é sua.
